Correndo e aprendendo

Ontem, sábado (08/06), foi um dia muito especial para mim. Fui correr a Guarani Race ( https://www.youtube.com/watch?v=lHEPGGTZ8Jw ). Não pela distância em si, pois essa prova e bem diferente do que estou acostumado a correr. Já fazia um bom tempo que não corria provas menores que 50KM. Mas o que me deixava ansioso era justamente o fato de acontecer dentro de uma reserva indígena do Litoral Norte de São Paulo – Boraceia. A Reserva Indígena do Rio Silveira. A foto acima é do Pajé da Aldeia. Um índio simpático e sempre sorridente. Infelizmente, não perguntei seu nome. O que pude constatar a respeito desse povo é que vivem em estado de miséria e foram “empurrados” para o pé do morro, numa espécie de zoológico humano e isso é triste, muito triste mesmo. Pois são gente de nossa terra de verdade. Originais, felizes dentro de suas possibilidades e fiéis as suas origens dado as devidas proporções em paralelo com a vida moderna. É um misto de celulares na cintura com colares e cocares. A venda do artesanato é uma das fontes de renda com toda certeza e pelo que entendemos, o apoio do Governo não é o suficiente para manter um nível aceitável de saneamento básico e infraestrutura para um ser vivo. Mas a grande pergunta: Será que eles querem ter? Será que suas origens e costumes permitem? Enfim… fica a pergunta no ar.

Um dos momentos mais gratificantes foi a roda e a cantiga dos moradores da aldeia, os índios é claro, juntamente com todos os corredores e visitantes. Veja abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=otgumCf9ucE&feature=youtu.be
Roda Tupi Guarani que aconteceu em 08/06/19

Enfim, a corrida em si, minha posição de chegada, a medalha. Tudo ficou pequeno perto do que senti e vivi ontem.

Antes, que reclamem que não comprei a foto. Comprei sim! Apenas ainda não havia sido liberado pela FOTOP até o momento desse post.

Dentro da religião que pratico, a Umbanda. Os índios são representados como Caboclos brasileiros e a raiz Tupi Guarani é uma de suas fundações. Ao presenciar tudo isso de uma maneira tão pura, é impossível não sentir a energia e toda a ancestralidade presente em pequenos atos desses primeiros moradores do Brasil.